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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Roteiro Cachoeira do S / Cachoeira Taioba


Objetivos: Cachoeira do S + Cachoeira Taioba
Ponto Inicial: Portaria Principal do Parque Estadual da Serra do Cipó
Distância Aproximada : 19km (total)
Cachoeiras alcançadas (total) : 3
Cachoeiras vistas (total): 4
Altitude Inicial : [verificar]
Altitude Máxima no percurso : [verificar]
Passagens obrigatórias pela água : Sim, até quase o joelho
Trilha bem demarcada : Não
Perigo de perder : Sim
Dificuldade : Difícil
Desbravadores: Diego, Fábio, Fred, Mel, Seu Raimundo, Xalaska, Wiliam


Saída BH - Sera doCipó
Saímos num horário bom. As 6:55 em direção ao Parque Estadual da Serra do Cipó. Porém, com uma defasagem muito grande. O Diário de Bordo, velho companheiro (caderno de anotações) eu esqueci no trabalho.

Em contrapartida, pela primeira vez fomos equipados com uma ferramenta super pra esse tipo de passeio: Primeiro GPS da turma!

Já acostumados com o caminho pra Serra do Cipó, chegamos numa boa na estrada de terra para o parque. Após aproximadamente 3kms chegamos no primeiro ponto que havíamos marcado no GPS: uma trilha alternativa para a Cachoeira do S que não exigia entrada no Parque. Porém, tal trilha se iniciava dentro de uma propriedade particular que, naquele momento, parecia deserta. Desistindo da idéia então, seguimos mais 200 metros em direção a entrada principal do Parque Estadual da Serra do Cipó.

A entrada do parque continua ainda no valor de R$3,00 por pessoa (muito barato). Pagamos entramos e fomos preencher a ficha obrigatória. Na ficha é preciso informar para qual "atrativo" você está indo. Atualmente, sem guia, só é realmente permitido ir a 2 deles: Cachoeira da Farofa e Canyon das Bandeirinhas - nenhum deles era o nosso destino.

Se quiser aventura, minta
Assim, tivemos que mentir: marquei o xizinho na Cachoeira da Farofa e fomos em direção a Cachoeira S.

Obs: Esse formulário é preenchido por segurança, pra que a portaria saiba onde você provavelmente estará, caso ocorra algum problema. Mas ninguém vai se certificar que realmente você foi fazer o passeio que falou que iria fazer. Mentir é feio, mas...

não temos muita alternativa nesse momento.. O preço do guia é caro e pagar pra ficar preso ao que o guia quer fazer, não é das melhores aventuras (mas não faça isso em casa!) Marquei o xizinho em "Farofa" e dissemos que as 17 estaríamos de volta...

Com o GPS em mãos, lá vamos nós. Nosso primeiro objetivo era alcançar a Cachoeira do S.

Trilha para S
A chegada até a Cachoeira é medianamente complicada. A trilha até quase lá é simples, só o finalzinho é que é meio cabuloso. mas comecemos do início:

Meio da trilha para Cachoeira do S
Subida mediana

No início deve-se começar pela mesma trilha que leva a Farofa, mas só o inicinho mesmo. Logo no início deve-se ficar atento para uma trilha que se inicia a direita (ver mapa), meio fraca, mas visível. Essa trilha é a que leva a Cachoeira do S e também à Lagoa Dourada (atualmente interditado para recuperação).

O começo da trilha é um pouco estranho, já no começo ela parece que acaba, mas seguir o instinto leva ao caminho correto (sempre há algum pedacinho de trilha). (Mas um GPS vem muito bem nessas horas).

Logo depois dessa parte se inicia uma subida (não muito longa) mas com a vantagem de que a trilha é muito bem demarcarda. Os pontos de referência são:
  • Encontro com uma trilha a diagonal direita (essa é a trilha que vem de fora do parque, a alternativa que cogitamos pegar).
  • Bifurcação, onde deve-se pegar a esquerda.
A trilha continua amena até o encontro da Cachoeira do Capão dos Palmitos. Essa cachoeira não estava marca no Google Earth e nem possuía nenhuma foto, coisa que teremos o prazer de fazer (veja em breve no Panoramio!! (fica próxima a Cachoeira do S))

Cachoeira do Capão dos Palmitos
É uma cachoeira pequena, do tipo corredeira (tipo 45 graus). Então fica difícil dizer qual é sua altura, porque é dificil dizer onde começa sua queda. Mas podemos chutar aí uns 20 metros de queda até o poço onde dá pra nadar. Trata-se de um poço raso e não muito gelado (por não ser grande). Bem tranquilo e legal de nadar. Mas a Cachoeira não oferece muito lugar pra se ficar confortavelmente. Ela fica apertada entre as árvores e seu leito.

Chegada em Cachoeira dos Palmitos
Queda de 45 graus

Ficamos ali cerca de 30 minutos só pra refrescar e seguimos para a Cachoeira S, que o GPS acusava estar a apenas 200 metros, aproximadamente. Então continumaos descendo o rio, sem muitas dificuldades.

Mas parece que a posição que tinhamos marcado pelo Google Earth estava um pouco errada. A Cachoeira do S fica um pouco a esquerda do que está marcado oficialmente lá (em breve a posição correta no GEarth também!)

Cachoeira Capão dos Palmitos
debaixo

A pior parte da trilha fica EXATAMENTE em cima da Cachoeira do S

Cachoeira do S
Em cima dela, é possível reconhecê-la por sua forma (de S). A queda começa pela direita (pra quem está olhando no sentido da queda) numa vazão fina e (por isso) forte. Daria facilmente pra descer pelas pedras mesmo (bem do lado dela), porém, no início da queda, a cachoeira molha todas as pedras "pisáveis" tornando a passagem por ali bem perigosa.

Início da trilha entre Cachoeira dos Palmitos e Cachoeira do S
Trilha off-road complicada

Chegada a Queda
Como um teste, eu até consegui passar pelas pedras molhadas (com extremo cuidado) porém fiz o teste sem a bagagem. Com a bagagem torna-se quase impossível passar por ali. Foi assim que desistimos dessa ideia.

Havia então duas alternativas mais:
Tentar passar pelo lado direito (lama) ou pelo lado esquerdo da queda (lama).

Pelo lado direito nos recebia um inóspito paredão de tamanho médio, porém a 90o e nada agradável de se encarar. Do lado esquerdo, mato.

Escolhida a única alternativa viável, fomos para a esquerda.

Não há trilhas. SImplesmente deve-se ir passando até chegar na parte debaixo da cachoeira. Existe um ponto especialmente difícil e perigoso. É um momento que se está mais ou menos na metade da altura da queda e é preciso passar debaixo de mato mesmo, agachado, ao lado de um pequeno penhasco (quem cai, cai no leito do rio, entre pedras).



Deve-se tomar muito cuidado nesse ponto, com bastante calma. Mas... é possível!

A Queda e o Poço
Tem uma queda inclinada de 14 metros, em formato de S, bem legalzinha. Possui um poço bonito, cercado por pedras em suas laterais. Como a cachoeira está bem no meio do mato, bate pouco sol por ali, na área da queda. Dá pra pular um pouquinho no poço também.

É possível ficar debaixo da queda e também subir por ela até quase no topo.


Cachoeira do S

Mais abaixo, depois do poço, tem umas pedras legais pra simplesmente deitar e dormir (que foi o caso de algum de nós, ehauh).

É que o pior estava por vir... (bendita sonequinha de alguns)

1a. parte da Trilha para Taioba (Via Cachoeira do S)
No GPS havíamos marcado uma trilha que ficava a nossa direita (pra quem olha no sentido do leito). Precisávamos sair do leito pra pegar essa trilha, porém, o leito do rio fica em um vale significativo. Do lado direito sempre um paredão e do lado esquerdo, mato, bastante mato.

Então fomos seguindo pelo leito do rio (provisoriamente) até encontrar uma entrada para a esquerda pra pegar a trilha (coisa que não não aconteceu)

Fomos cada vez mais nos distanciando da suposta trilha marcada no GPS e enquanto isso a passagem pelo leito do rio foi piorando, isso porque cada vez mais mato foi aparecendo por ele (a medida que os morros laterais iam diminuindo sua altura, o mato ia aumentando).

Dica: Pra quem não tem um GPS, se não quiser se perder, é necessário que siga o leito do rio até encontrar a trilha para farofa. (Esse rio é o rio que "corta" a trilha de Farofa pela primeira vez.)

Porém, em certo ponto fica bem complicado continuar pelo leito (o mato aumenta significativamente).

Acontecido isso, começamos a, finalmente, entrar para a direita (era muito mato, mas mais "andável" do que pelo leito do rio, apesar de tudo)

Quem não gosta de arranhões, aranhas e outros bichos que incomodam, é melhor não se aventurar por esse passeio.
Faltando por volta de 200 metros pra chegar a Trilha de Farofa (nosso segundo ponto de referência principal, para Taioba) o nosso caminho ficou bem difícil. SImplesmente não havia para onde ir.

Paredão característico da trilha entre S e Farofa
Obs: Foto tirada no exato momento em que meu GPS caiu na água!

Seu Raimundo, mascote da nossa turma dessa vez, foi um bravo desbravador. Pela direita, começou a peitar mato até achar uma razoável clareira. De onde eu estava, acabei me perdendo um pouco de onde eles estavam, tentando achar um ponto melhor ainda sobre o leito do rio.

Frustrei minha tentativa e ainda me arranhei bastante pra reencontrar com Seu Raimundo (que tinha achado um caminho bom para as circunstâncias) e o resto da turma que já estava a minha espera. Foi bastante cansativo.

Era muito mato mesmo.

Chegado nesse ponto, saimos definitivamente do leito do rio para seguir reto (guiados apenas pelo GPS) até encontrar a trilha de Farofa.

Os últimos 90 metros as árvores acabam mas o mato sobe até quase o joelho. Isso nos fez parar e pensar se devíamos pisar ali (medo de cobra).

Mas vendo qeu faltavam apenas 60 metros para chegar a Farofa (era o que o GPS apontava), continuamos na raça e confirmamos que o GPS estava certo.

Vitória mais que merecida nossa.

Chegada a Trilha Oficial de Farofa
Vitória!

2a. parte da Trilha para Taioba
Em uma escala de 0 a 5, a trilha de Cachoeira S até o encontro com a Trilha de Farofa é de 4,5 (só não chega a 5 por não ser mais extensa). A Trilha para Farofa foi nosso pequeno alento por alguns instantes. A hora do descanso pra encarar o segundo desafio.

Deu pra rir um pouco e fazer algumas piadinhas pra relaxar, inclusive mandar a Mel voltar para a Cachoeira S, onde ela havia esquecido a sacolinha de lixo (acidentes acontecem!). No caminho para "Farofa" (Taioba na verdade) vimos bastaaanet egnte voltando de farofa.. Esse dia ela devia estar bem farofada. O pessoal já estava voltando, e nós, as 13:40 estávamos ainda indo.

Começamos a ficar um pouco tensos porque havíamos demorado um pouco mais do que esperado, o que nos tirava a possibilidade de errar demais dali pra frente.

Seguimos a parte fácil da trilha em um ritmo médio pra não perder muito tempo até nos encontrarmos com a segunda passagem pelo rio. Aquele ponto foi o nosso ponto da discórdia.

Apesar de eu ter marcado no GPS que devíamos seguir adiante mais um pouco, ficamos meio na dúvida se seguiamos adiante ou se virávamos ali mesmo em direção a Taioba.

Nesse momento o nosso grupo começou a se dispersar, além do que vimos que teríamos que enfrentar ainda bastante mato para chegar a Taioba. (Não há uma trilha boa para lá).

Apesar da discórdia, seguimos o que o GPS dizia.. e chegamos no ponto onde deveríamos sair da Trilah de Farofa para virar a direita (no meio do nada, ou melhor do mato). O mato batia um pouco acima do joelho (nada agradável praqueles que sabem que cobras existem).

Como o ponto marcado pelo GPS tinha muito mato, decidimos seguir um pouco mais (já faltava pouco pra chegar a Cachoeira Farofa). Nesse ponto novamente discordamos.. eu achei que devíamos virar, mas em geral ficamos na dúvida, achando que talvez seria melhor ainda seguir em frente mais um pouco.

Após cerca de 50 metros vimos que o mato só estava piorando... e então não vimos outra escolha que se não virar a direita.

Além do mato, o que havia debaixo dele era lama (brejo).. mas começamos a jornada. Estávamos andando paralelamente a suposta trilha que apareceria para Farofa. POrém, enquanto a cachoeira ficava para a nossa diagonal esquerda, a suposta trilha ficava para a diagonal direita.

Já ansiosos para chegar a Cachoeira (ainda mais porque já conseguiamos vê-la quase a nossa frente) o grupo começou a se deslocar para a esquerda (distanciando-se da suposta trilha).

De Farofa a Taioba são aproximadamente (apenas!) 2 quilômetros.

A trilha não estava fácil.. mas continuamos.. A tensão estava aumentando entre nós. Quanto mais a cachoeira parecia próxima mais mato aparecia. De repente avistamos a floresta que todo rio tem em volta de si. Estávamos a apenas 200 metros da queda de Taioba!

Taioba, quase!
Dessa distância já dava pra ver sua imponência, uma visão que simplesmente não existe no Google ainda! Tiramos alguams fotos ali, mas estávamos perto de encarar uma dura realidade: não dava mais pra continuar por ali.

Havíamos gasto muito tempo achando a trilha da Farofa o que não nos dava tempo de ter errado. Parecia impossível, mas apenas a 200 metros da queda, nos vimos sem saída. A floresta impedia a nossa passagem.

Taioba, quase nela!
Note as duas quedas dela (são 4). Dá pra ver uma no canto esquerdo e outra no canto direito da foto

Taiobafail
Foi um ruim momento, cada um tinha suas ansiedades, alguns de nós já não estavam mais aguentando e foi difícil ter que engolir aquela derrota. Até daria para procurar a suposta trilha que ficava mais a direita mas, caso não errássemos mais nenhuma vez íamos conseguir ver a cachoeira de perto e ir embora (a volta para a sede ainda era de aproximadamente 10km).

(Apenas para constar, nesse momento eram 14:35 e a minha posterior chegada a Farofa (continua a história) foi as 15:50, pra se ter uma ideia que a passagem de Farofa a Taioba, apesar de ser de apenas 3km, é bem demorada e custosa.)

O auge da crise do nosso grupo foi nessa parada. Ninguém sabia muito bem o que fazer. Sabíamos que tinhamos errado, sabíamos que podiamos ter feito melhor.

No meio do mato seria complicado separar o grupo (pois tinhamos apenas um GPS).. então voltamos todos para a trilha de Farofa. Foi bem tenso, todos meio mal humorados por saber que tinhamos chegado tão perto e #fail.

Prêmio de Consolação - Cachoeira Farofa
Eu tinha a Farofa como um prêmio de consolação. Apesar de já ter ido lá várias vezes (e ser uma trilha fácil) era melhor que nada! Quando alcançamos a trilha principal (eu estava por último) todos já se encaminhavam para a esquerda (sentido da volta!) . Eu não acreditei e então disse a Fábio:

-Fábio, eu tou indo pra Farofa!

E fui, sozinho! heauh.. Pelo menos um mergulho em Farofa pra refrescar e ter um prêmio de consolação. Cheguei lá as 15:50 e fiquei até as 16:30.

Recarreguei as energias, tirei muitas fotos e filmei bastante.

Pra quem não conhece, Farofa é o destino mais fácil do Parque Estadual da Serra do Cipó: Trilha bem sinalizada e sem nenhuma dificuldade. São 8km de caminhada até lá (pela trilha oficial não feita por nós). A cachoeira é alta (60 metros?) [verificar altura] e possui várias quedas, mas a Farofa mais conhecida é essa última queda. É muito bonita e bem distribuída com um poço redondão, cerca de 20 metros de diâmetro. Dá pra nadar bem.

Cachoeira da Farofa - Prêmio de Consolação
(A queda é bem maior do que na foto)
Volta de Farofa
Comecei a volta num ritmo forte e continuei assim até o fim (fiz uma média de 6km/h por todo o percurso). Cheguei na sede as 17:5 com o pessoal já cansado de me esperar, ehauh. Mas ao menos estavam todos vivos novamente. Eu estava um caco, mas estava relativamente bem ainda (apesar de com muitos arranhões e coças-coças).

Saindo do parque passamos em Cardeal Mota (cidadezinha da Serra) para ri ao Restaurante do Marquinhos. Recomendação do Feroz Seu Raimundo que nos acompanhou pela primeira vez numa de nossas caças. O Restaurante do Marquinhos foi uma ótima pedida para refletirmos sobre nossa aventura e é claro, sonharmos com as próximas viagens.

Essa nossa caça entrou (até o momento, claro!) na Top das mais difíceis já feitas. RECOMENDO! E taioba que nos espere!

Dicas:
-A entrada alternativa para Cachoeira do S (e Capão dos Palmitos) é por uma propriedade particular. Não conte com ela (apesar de ser uma opção).
-A entrada no Parque Estadual da Serra do Cipó é de R$3,00 (até o momento da escrita do post).
-Não é permitido acampar dentro do parque.
-É permitido passear sem guia apenas para Cachoeira da Farofa e Canyon das Bandeirinhas (outros passeios por sua conta).
-A trilha para Cachoeira do S pode ser considerada perigosa (passa por penhascos e locais de difícil passagem).
-Se estiver sobre a Cachoeira do S e quiser descer até ela, vá pela direita (pra quem olha no sentido da queda).
-Não existe trilha que liga Cachoeira do S até a trilha de Farofa - se fizer isso, vá com GPS (se por acaso não estiver com um, siga o leito do rio até encontrar a trilha principal).
-Para ir a Taioba entre o quanto antes para a direita (quando estiver de frente pra farofa).

Números:
Distância aproximada Farofa - Taioba (linha reta) : 2,5km.
Distância aproximada

Resources:

Vídeos





[uploading... em breve!]


Fotosaqui

Mapa

Visualizar Taioba + S em um mapa maior
Mapas, fotos, vídeos, dicas e resumo em breve... (em construção)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

São Gonção do Rio Preto

pendências deste post:
-.Mapa
-.Dados sobre a estrada para SGRP


Clique nas fotos para ampliar
Objetivos: Circuito Simples de São Gonçalo do Rio Preto (Cachoeiras Crioulo e Sempre-Viva, Forquila e Poço de Areia)
Ponto Inicial: Portaria do Parque Estadual
Distância Aproximada : 13km (total)
Cachoeiras alcançadas (total) : 2 + Poço de Areia
Altitude Inicial : [verificar]
Altitude Final : [verificar]
Altitude Máxima no percurso : [verificar]
Variação de Altitude da trilha : [verificar]
Passagens obrigatórias pela água : Sim (até o joelho)
Trilha bem demarcada : Sim
Perigo de perder : Sim
Guia Obrigatório no local: Sim
Dificuldade : Fácil-Média
Desbravadores: Ana, Diego, Fábio, Fredão, Melina, Tati, Wiliam, Daniel


Começamos o dia meio tarde.
Porque fomos dormir tarde. (Desbravadores saindo da linha! E olha que nem estávamos com violão ou bebidas!) (mas é porque na noite anterior ao primeiro dia da viagem tinhamos dormido, pouco muito pouco ou nada! Então... desculpas aceitas pra nós).

Deixamos as barracas montadas no Camping São Pedro porque voltaríamos para dormir lá (sabíamos que era possível dormir dentro do Parque Estadual de São Gonçalo do Rio Preto, porém, como algumas pessoas precisavam voltar para BH (leia-se eu) devido a trabalho, precisávamos voltar para Diamantina para que tal pessoa (eu) pudese pegar um ônibus de volta a BH (o resto da galera continuou viagem na segunda e na terça (que foi feriado pra eles, não pra mim).

Locomoção BH - Diamantina - São Gonçalo do Rio Preto
A logística praqueles que desejam se locomover de BH ao Parque Estadual de São Gonçalo do Rio Preto não é muito simples.

Algumas notícias: (As informações abaixo são válidas pelo menos até o momento de escrita desse post)

  • O Parque Estadual de São Gonçalo do Rio Preto não fica na cidade de São Gonçalo do Rio Preto (tem um pedaço de estrada de terra separando os 2. [verificar distância].)
  • Não há condução que leve até o Parque Estadual. Apenas carros particulares (ou táxis) chegam até lá.
  • Não há condução da cidade de São Gonçalo do Rio Preto até Belo Horizonte.
  • Pássaro Verde é a única empresa que leva de Diamantina - Belo Horizonte - Diamantina
  • Existe um ônibus que sai da cidade de Itamarandiba e passa por Diamantina as 12:00 (meia noite), horário bom pra quem quer aproveitar o dia todo em Diamantina ou arredores (no meu caso, aproveitei o dia em São Gonçalo e voltei tranquilo a Diamantina pra voltar com esse ônibus). Obs: Esse ônibus, apesar de passar por São Gonçalo do Rio Preto, não para na cidade! fique atento.
  • Existem ônibus que saem de Couto de Magalhães de Minas (cidade que fica entre Diamantina e São Gonçalo do Rio Preto) como alternativa.

São Gonçalo do Rio Preto - cidade
Chegamos na cidade, depois de [verificar distância] e visitamos rapidamente o coreto pra tirar algumas fotos, só pra constar! Depois viramos a direita pra ir de encontro com a estrada de terra.

Cidade de São Gonçalo do Rio Preto
(depois posto uma foto do coreto! melhor, ehauh)
[verificar dados da estrada]


São Gonçalo do Rio Preto - O Parque Estadual
Alcançamos a entrada do parque as 5 pras 11. Sabíamos da extensão da caminhada e sabíamos que nesse horário ainda era viável o passeio, porém, não contávamos com o porteiro nos dizendo:

Entrada do Parque Estadual
"O horário da última palestra para ir a Crioulo já passou.. vocês não podem ir a Cachoeira Crioulo."

Era hora de fazer o drama (precisávamos!) Como? Um grupo saído de Belo Horizonte, depois de enfrentar toda aquela estrada de terra ia aceitar não visitar a melhor cachoeira custo/benefício do local??

O porteiro não era dos chatos, então por rádio, negociou com os palestrantes para que fossemos as cachoeiras sem assistir a palestra. Nós, em troca, falamos que não íamos jogar lixo no chão e nem matar nenhum bicho (será que era isso que eles iam falar na palestra?)

Mas, dada a experiência, fica aí o aviso aos navegantes:

Para ir ao Parque Estadual de São Gonçalo do Rio Preto chegue antes das 11! (O parque abre as 7 da manhã, até o momento de escrita deste post.)

Depois da portaria, anda-se mais um pouco até chegar a casinha da palestra. Apenas paramos lá pra avisar que éramos o grupo que não ia assistir a palestra. Dado o sinal de ok, continuamo a estrada.. cerca de mais 3km [verificar dado] de estrada de terra até o que pode-se chamar de o centro do parque (centro no sentido que chega-se a um lugar onde tem um restaurante, banheiros e o local para camping.

Parênteses:
Deve ser bem legal acampar lá dentro, uma vez que, apesar de haver apenas duas cachoeiras facilmente visitáveis la dentro, pode-se gastar 1 dia inteiro só na cachoeira Crioulo que é beeem bacana (cenas da próxima seção). Mas.. não podemos acampar lá, por motivos de labuta no outro dia.
Fecha parênetses

Informações Gerais do Parque Estadual
O Parque não estava farofado e é muito bem cuidado.. não é porque tem restaurante e banheiros que é farofa. Nota-se também um cuidado muito grande pelas pessoas que trabalham lá dentro. O guia que nos levou, por exemplo, era um antigo morador da região, que vendeu suas terras para o governo, que transformou o local no parque. Vê-se que o cara tem prazer de trabalhar lá, e prazer em demosntrar o espírito de preservação do local até a morte!


Início da Trilha para as Cachoeiras

A princípio, a nossa turma se resiste a utilização dos guias (preferimos ir com as próprias pernas), mas , como nessa ocasião o guia era obrigatório, fomos com ele. Agora.. apesar dessa nossa resistência, foi muito legal ir com o guia, perguntamos bastante para ele, alem do que ele soltou informações valiosas:

-->nos informou direções de cachoerias que só ele conhece. Cachoeiras que não estão catalogadas no google Earth, nem em nenhum blog, nem no panoramio.. cachoeiras sem nome! (e pelo que ele disse, maravilhosas e difíceis de chegar). ok... deixinha pra voltar lá um dia né??? O problema é que temos que voltar lá e ganhar o guia, porque ele precisa ir com a gente (pra isso precisamos fazer um draminha básico e convencê-lo de que podemos fazer o passeio).

Sem mais delongas, começamos o passeio em direção a, primeiramente, Cachoeira do Crioulo

Trilha para Cachoeira do Crioulo
Existem dois caminhos para a Cachoeira, mas parece que o guia costuma chegar primeiro a Crioulo passando por cima e depois a volta faz por baixo, passando pelas outras atrações. Começa-se por uma descida fácil até chegar lá embaixo, onde ainda se tem o último resquício de civilização: um banheiro. A partir daí a trilha começa a subir. Bastante.

É uma subida cansativa mas recompensadora. Chega-se num mirante onde se pode avistar o Rio das Éguas: esse é o rio alimentado pelas duas cachoeiras que iríamos conhecer. O Rio das Éguas, depois , lá na frente, se encontra com o Rio Preto, o mais conhecido da região.

Lá do mirante o guia nos comentou de uma das cachoeiras "escondidas" que ficava beeem mais adiante, perpendicular a trilha que fícavamos (isso do outro lado do "cânion" (vamos chamar assim)) que estávamos avistando. Que vontade de ir nessa cachoeira escondida! Mas estávamos longe demais.. sem chance de cogitar tal possibilidade naquele dia.



Mirante no meio da Trilha para Cachoeira do Crioulo
(trilha por cima)

Depois do tal mirante, existe a possibilidade de descer diretamente para a cachoeira Sempre Viva, que fica mais perto da Sede do Parque (são 4 km, enquanto que a Crioulo fica a 6km da sede). Porém, como estávamos fazendo o caminho completo seguimos reto na trilha.

A trilha continua amena até quase o fim dos 6km iniciais, até que se chega num lote de pedras: dá pra sacar que ali estamos em cima da cachoeira. SSeguindo um pouco dá pra ter a vista de cima da cachoeira do Crioulo de cima, uma cachoeira de cerca de 15 metros [verificar dado]. De cima não dá pra ver a queda, mas dá pra ver o poço, que de cima parece deslumbrante.

Então o guia segue nos guiando (esse pedaço sem guia é complicado) porque como fica-se no que convencionei chamar de "lote de pedras" (imagine um grande campo de pedras... é difícil saber pra que lado tem que se ir. Existem infinitas possibilidades.. (sem guia, não que seja fácil se perder, mas é difícil achar o caminho pr achegar na cachoeira lá embaixo).

Com o guia foi fácil, enfim. Descemos e então começamos a pisar.... em areia. Areia branca.

Vista linda.

Cachoeira do Crioulo
O Poço
A paisagem da cachoeira imponente. Um poço muito grande e com água cor caramelo. Dificil estimar o tamanho (esquecemos de perguntar pro guia!) mas é grande. Tem uma largura quase maior que seu comprimento. É menor que o poço de Tabuleiro (Conceição do Mato Dentro) e talvez um pouco maior que o poço da Cachoeira de Capivara (próximo a Serra do Cipó).


Cachoeira e Poço do Crioulo

Possui muuuitos peixinhos pra te modiscar que ficam ali no começo do poço.

Como há muita areia no local, o poço do Crioulo é do estilo que vai afundando aos poucos, mas trata-se de um poço bem heterogêneo. Dado o tamanho, possui partes sem pedras, com pedras etc.

Uma peculiaridade desse poço (mas não sabemos se foi apenas naquele dia devido a condições do tempo) é que nadando, dava pra sentir a água ora quente ora fria (como se o poço fosse um grande tabuleiro de xadrez e cada quadrado tivesse a água em uma temperatura diferente) Bem diferente!


Água do Poço do Crioulo
Água caramelada com muitos peixinhos
O poço era bem grande, não deu pra analisar ele em toda a extensão. A esquerda ele possui uma grande pedra que chega a ficar próxima a queda. A direita possui muitas árvores e a água fica mais parada (e aí não dá muita vontade de nadar por lá) (isso porque a queda fica a mais a esquerda.

A Queda
Tem aproximadamente 20 metros e é muito bonita. Uma coisa bem diferente da queda é que ela cai em cima de uma pedra que fica na linha da superfície (normalmente, onde há queda de água, não tem pedra). Dá pra ficar em pé (mesmo!) embaixo da queda (que é bem forte).

Além da queda principal há uma quedinha (parece um cano que jorra água) no paredão esquerdo (provavelmente essa queda só aparece quando a vazão de água está média/alta, no que demos sorte ^^)

O guia falou que tínhamos meia hora pra aproveitar ali. Você acha que respeitamos esse horário né? hehehe

Destaque para um casal que havíamos visto enfrentando a trilha, mas deeeesde a portaria A PÉ. Eles nos alcançaram e depois (que nós fomos) eles ficaram lá, provavelmente aproveitando a la Cicareli (e agora que estou me tocando, eles estavam sem guia! ora bolas!)

Bem, depois de acho que cerca de 1 hora e 30 minutos fomos voltano pela trilha pela parte de baixo em direção a Cachoeira da Sempre Viva. Demoramos 1:15 pra ir de Crioulo até Sempre Viva. Importante destacar que a trilha até Sempre Viva é bem legal, por ser uma trilha pelas pedras, sempre seguindo o leito do Rio das Éguas. Vários poços (apesar de não termos tido tempo de nadar neles) e também várias pedras peculiares, que parecem estar apoiadas em pequenas pedrinhas. Bem legal!

Passagem da trilha entre Crioulo e Sempre-Viva
Pelo leito do rio

Cachoeira Sempre-Viva
O Poço

Bem, não tem! heauh.. Isso mesmo, uma cachoeira de porte pequeno/médio que não tem poço! Primeira vez que vi isso (que me lembre!) Na verdade tem poço, mas ele fica um pouco depois da cachoeira, isto é, não fica abaixo da queda (como quase sempre é).

Cachoeira da Sempre Viva
Sem Poço!

A Queda
A queda deve ter uns 10 metros [verificar dado] e é bem distribuída. Chega a ser bem forte também. O legal dela é poder "passear" em toda sua extensão, andando devagar por suas pedras escorregadias. Dá pra tirar umas fotos legais, já que dá pra ficar tanto em cima como embaixo da queda. Logo depois, mais abaixo, tem um poço relativamente grande mas que fica com bastante água parada (pelo menos nessa época que fomos) e com espuma, o que dá aspecto de que é uma água suja, mas muito pelo contrário!

Cachoeira da Sempre Viva
(parte de cima)
Caminho de VoltaFicamos em Sempre Viva pouco tempo como castigo por ter gasto muito tempo em Crioulo (mas valeu muito a pena!) e continuamos voltando para a Sede (ainda faltavam 4,5km, bastante coisa).

A paisagem até a sede continua sempre muito bonita e a trilha de volta é sempre pelo leito do rio. Não é difícil, apenas em dois momentos exige um pouquinho de atenção. O primeiro ponto é logo depois de sair da cachoeira tem um lugar que é preciso pular um pouco para a pedra debaixo (tomando cuidado é fácil) e mais pro fim (chegando no Poço de Areia) tem que passar pela água (bate até o joelho mais ou menos).

ForquilhaA Forquilha (1,7km da sede) é o lugar da trilha que dá pra ver o encontro dos 2 rios (não me lembro se tem algum terceiro.. talvez tenha): das Éguas e o Rio Preto. Não tem um lugar pra ficar, é só pra apreciar a vista mesmo. Foi nesse ponto que o guia nos mostrou o caminho das pedras (literalmente) para outra cachoeira bem difícil de se chegar. Mas lógico que ele nem cogitou a ideia de irmos lá.
Seguimos em frente.

Poço de AreiaO Poço de Areia fica a aproximadamente 1,2 km da Sede e se parece a uma praia. Desnecessário dizer que é um ótimo lugar pra gastar um tempinho bom, coisa que não fizemos porque não tinhamos mais tempo (nem sol!). É uma areia branca e muito limpa ligado a um poção gostoso de nadar. Na areia é interessante olhar as árvores (algumas ficam enterradas até os galhos e outras ficam descobertas até a raiz). Enfim, todos os lugares visitados apresentaram características bem peculiares.

Poço de Areia - Fim do dia
Demoramos 37 minutos do Poço de Areia até a sede chegando exatamente dentro do tempo esperado: as 17:30. Logo, é possível passar um excelente dia, mesmo chegando um pouco tarde no parque. Mas vale muito a pena chegar mais cedo pra aproveitar por igual todos os 3 pontos de parada (Cachoeira do Crioulo, Cachoeira da sempre Viva e Poço de Areia, além dos pontos de parada expresso (mirantes e Forquilha).

SGRP fica na história pra nós. E nós na história do guia Dineu [verificar nome] que quase nos matou quando cogitamos pescar peixes, derrubar árvores e jogar lixo no chao do parque. Sério, não brinque assim com eles, eles te fuzilam com os olhos! Bom pra natureza :-D


Números:
[em construção].. em breve
Área do parque: 12.114 hectares


Dicas:
-Não existem ônibus que levem ao Parque Estadual de São Gonçalo do Rio Preto.
-A entrada do parque é de apenas R$ 3,00 (inclui palestra + guia).
-Chegue no Parque antes das 11 (de preferência as 7 da manhã pra aproveitar muito). Se chegar depois das 11 não poderá visitar a Cachoeira do Crioulo, a melhor do local.
-O guia é obrigatório para os passeios. (não se paga nada)
[em construção..]

Resources:

VídeosCachoeira do Crioulo
Cachoeira da Sempre Viva
[em breve mais..]

FotosAqui

Mapa
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Os Caçadores de Cachoeiras

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