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domingo, 26 de julho de 2009

Trilha Br - Congonhas - Andorinhas - Fantasma


O Objetivo:
Veriricar a possibilidade de chegar a Cachoeira Fantasma via Leito da Cachoeira Andorinhas + Conhecer Congonhas de Cima e do meio.

Os Desbravadores
Fred, Wiliam e Diego.

A Distância Total Percorrida
22km

Local:
Parque Estadual da Serra do Cipó - MG

Informações e números:
Logística:
Belo Horizonte -> Serra do Cipó : Carro (do Wiliam)
Tempo de viagem -> 1 hora e pouco
Distância -> ~120km de ida
Estrada -> Asfalto (em boas condições)

(Alternativas)
Pode-se ir de ônibus pelas empresas Saritur ou Serro. O preço da Serro atualmente é de R$19,30. Fique atento aos horários, que não são muitos.

A Trilha:
Distância : 11km (ida) + 11km (volta)
Dificuldade geral : média
Passagem pela água : Sim (em Andorinhas)

Trecho BR - Congonhas
A parte mais fácil da trilha - começando em cima da Serra, uns 10km depois da entrada do Véu da Noiva, a trilha é bem demarcada e começa numa propriedade particular, até o momento deste post, desabitada. Sempre descida com uma boa vista dos montes da Serra do Cipó.

Trecho Congonhas - Andorinhas
Parte moderada : A partir de Congonhas de Cima é preciso chegar a Congonhas de Baixo (sem trilha - Descida forte). Depois, segue-se o curso do Rio até Gaviões (descida moderada). Pega-se a trilha e logo vira-se a esquerda, cruzando o rio e chegando a Andorinhas.

Trecho Andorinhas- Fantasminha
Parte moderada-difícil : Como se trata de subida, o cansaço é bem maior. De Andorinhas até Fantasminha são aproximadamente 2km. A velocidade de avanço nessa trilha é muito baixo porque se vai sempre pelo leito do rio que alimenta Andorinhas. É preciso atravessar o poço de Andorinhas a nado (5 metros) onde chega-se na Andorinhas segundo Andar.

Os primeiros 300 metros são de uma subida moderada que cansa. Chega-se rapidamente a a Andorinhas de cima e a partir daí a trilha é quase plana, mas lenta.

Antes de Fantasminha é preciso escolher enter enfrentar o mato ou atravessar um poço de aproximadamente 30 metros de comprimento com muitas pedras. Fantasminha fica em uma bifurcação e é um dos "pontos finais" dessa trilha.

A Trilha - VoltaUma boa alternativa para a volta da trilha é passar pela trilha do Travessão (onde há a segunda entrada do Parque) Fazendo essa trilha na volta, a distâcia percorrida é praticamente a mesma do que a trilha Congonhas _ BR (ida), com a vantagem que não será preciso encarar os 200 metros de subida. Além disso, pode-se desfrutar da bela paisagem do sol batendo nos montes da Serra, dessa vez com uma visão por baixo. O único porém é que , caso vá de ônibus, você terá que andar 2km adicionais até a Padaria, qeu fica na estrada.

Alturas:
  • Desde a BR até Gaviões são aproximadamente 200 metros de descida. Cuide dos seus joelhos.
  • A descida com mochilão pode ser bem cansativa.
  • De Andorinhas até Fantasminha sobe-se pouco mais de 100 metros. Levar muita bagagem é bem complicado e cansativo. Além de ser um complicador ao chegar no poço anterior a cachoeira (esse poço fica a 500 metros da cachoeira).
Gasto$:Tirando a gasolina ou a passagem do ônibus, o custo dessa trilha é ZERO. A trilha é livre e, apesar das cachoeiras ficarem dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó, o Parque não cobra a entrada nesses locais.

Cachoeiras:(em ordem cronológica)
  • Congonhas de cima
  • Congonhas do meio
  • Congonhas (de baixo)
  • Gaviões
  • Andorinhas (passagem pela água)
  • Andorinhas de cima
  • Fantasminha (ou Retiro do Velho)
O Clima
  • Em Julho (inverno), a água na Serra do Cipó fica muito fria, mas com um solzinho, ainda é possível nadar.
  • As cachoeiras ficam com uma vazão média/pequena.
  • Cachoeira do Meio e Andorinhas foram as que achamos mais "quentinhas". (ou menos congelantezinhas).
  • Pra quem começa a trilha de dia, o sol bate as costas durante a manhã até chegar a Andorinhas. E as costas, a tarde, voltando de Andorinhas.

Fotos (Principais Pontos):
Congonhas de Cima
Congonhas do Meio

Poço do Meio
Cachoeira Congonhas

Poço de Gaviões, visto de cima
Cachoeira Andorinhas, primeira queda
(...em construção...)
Resources:

Mais Fotos:
Aqui e aqui

Vídeos:

Início da Trilha Congonhas:


Cachoeira Congonhas de Cima:


Poço do Meio:



Cachoeira Congonhas do Meio:



Cachoeira Andorinhas:


Poço na Trilha Andorinhas _ Fantasma


Cachoeira Fantasminha:


Mapa:
(..em breve..)

Relato:

BH - Serra do Cipó:
Saímos as 6:10 da manhã da Avenida Cristiano Machado em direção a Serra do Cipó. Dia tranquilo e de bastante calor, apesar de em pleno inverno. Essa foi uma caça diferente. Pela primeira vez os integrantes de uma caça se separaram. Por motivos variados e razões individuais, Wiliam decidiu se aventurar pelo Cânion das bandeirinhas em uma tentativa brava de alcançar a Cachoeira de Braúnas.

Por essa razão, Wiliam apenas nos deixou lá em cima da Serra antes de seguir seu caminho. Nós tínhamos marcado o início da trilha no GPS por isso ficou muito fácil achá-la.

Início da Trilha - O Ponto Mais Alto:
07:40 da manhã
Ela começa em uma porteira onde (atualmente) há uma placa de vende-se (talvez não dure muito). O visual já é muito bom.. um cerrado característico e bem vasto.

No começo da trilha há uma leve subida (deve-se andar uns 200 metros de subida) mas não o suficiente pra cansar.. Passado isso, chega-se no ponto mais alto dessa trilha, onde dá pra ter uma visibilidade boa dos principais montes do Circuito-Travessão.

A partir daí começa-se a descer. Passamos duas vezes por pontos onde passa água (apesar de um deles estar seco nessa época (julho)) em direção a Congonhas de cima. A trilha é muito fácil, não tem erro. Apenas em uma dada bifurcação, é preciso seguir a direita (na dúvida, siga sempre a direita). A trilha está muito bem demarcada. (para todos os efeitos: verifique a data deste post).

Cachoeira Congonhas de Cima
Chegamos cedo na Cachoeira e, devido a época e o horário, ainda não batia muito sol no poço da cachoeira. Significando, água bastante fria. Foi bem difícil nadar e chegar até a queda, o único que possibilitou isso foi um poço de comprimento pequeno. Uns 10 metros separam a orla até a queda, e deve ter uns 30 metros de largura (poço largo).

É uma Cachoeira média/pequena, deve ter uns 17 metros de altura, no estilo - baixinha e larga. Em toda a extensão, sobre a queda, é como se ela tivesse um parapeito pra vc se apoiar, ou seja, cachoeira bem receptiva no quesito "ficar debaixo dela".

Como tínhamos bastante tempo, demos uma explorada boa nela. Descendo pela parte direita dela (olhando pra baixo) existem mais algumas quedinhas sobre um emaranho de pedras em 45 graus. Um visual bem distinto e característico daquela região da Serra do Cipó (parecido ao tanto de pedras lá na trilha de Capivara).

Como chegar pra Congonhas, por Congonhas de cima
Entre Congonhas de Cima e de Baixo não existe muitra trilha. Você deve ir descendo pela esquerda (pra quem olha pra baixo) pelas pedras que antepõe a queda de Congonhas (de baixo). A vista de cima é bem legal. A orientação é apenas descer com cautela pela descida ser íngreme.

Congonhas - Cachoeira + Escalada
Curtimos a Congonhas um pouco e descansamos ali. Conversamos com nosso recém feito amigo Iô (esse era o nome dele, pelo menos quen os disse) e ficamos ali observando a queda. E não é que aparece outro conhecidon o meio da trilha? Era a Carol, uma amiga minha que apareceu ali com outros dois amigos pra fazer uma escalada básica.

Enquanto nós ficamos enfrentando a água fria de Congonhas, Carol + uma amiga + o instrutor faziam um treino de escalada em uma pedra que fazia uma obtusa negativa na parte direita do poço de Congonhas. Foi legal ver o treino deles. Fica a dica pra quem faz escalada.

A partir daí descemos juntos todos em direção a Andorinhas, para isso fazendo tranquilamente a descida pelo leito, passando pela Cachoeira de Gaviões. Para Io, que ia com 35kg adicionais nas costas, a descida se mostrou brava, mas pra quem está sem carga adicional a descida é tranquila. Essa trilha nós descrevemos melhor no link: XXX.

Ao chegar em Gaviões, Iô nos abandonou porque precisava descansar (ele já estava em seu segundo dia) e deixamos também Carol e os outros, porque queriamos ir diretamente para Andorinhas.

E foi o que fizemos. Chegamos em Andorinhas bem inteiros, porque desde o começo de tudo, enfrentamos apenas descidas.

Até Andorinhas apenas enfrenta-se um pouco de pedras, mas chega-se sem problemas. Importante destacar que Fredão se deparou com uma cobra ao cruzar o rio, o que nos custou um belo susto e uma atenção redobrada a cada passo. ^^

Maiores informações sobre o passeio para Andorinhas você vê neste link XXX

Ficamos um pouco em Andorinhas e estudamos como seguir subindo pelo seu leito. Atravessar o poço de Andorinhas já foi a primeira dificuldade. Chegamos a acompanhar um cara que atravessou o poço bem pela direita, passando por cima das pedras. Mas o caminho parecia um pouco perigoso. Muitas pedras escorregadias a 45 graus + mato. Quando ele voltou (esperamos ele voltar) perguntamos como era a passagem e ele confirmou que era meio perigosa.

Enquanto isso, atravessar o poço a nado se mostrava uma alternativa bem mais interessante. Apesar de ter que nadar (não tem como atravessar sem molhar) não era perigoso (bem: no máximo alguma coisa iria se molhar por acidente).

A travessia do poço se dá nadando 5 metros. O problema não é a travessia em si, mas sim atravessar as coisas que não podem molhar (máquina, gps, óculos, etc) - mesma dificulda passada na Expedição pelo Cânion das Bandeirinhas XXX.

Fiz o primeiro teste com minha mochila com a roupa e consegui tranquilo. Assim feito, atravessamos todas as nossas coisas fazendo algumas viagens (ida e volta a nado). São apenas 5 metros de travessia, nada tenebroso não ^^.

Passado o rio,começamos a subir as pedras de Andorinhas. O começo dessa trilha (Andorinhas _ Fantasma) é meio pesada porque é uma subida braba (são aproximadamente 100 metros de subida em mais ou menos 200 metros de caminhada). A caminhada se dá sempre sobre as pedras do leito do rio.

A caminhada é bem lenta.. demoramos mais ou menos 1h e 30min pra chegar até quase a bendita bifurcação.

No meio dessa caminhada chegamos a conclusão que não conseguiríamos chegar a Cachoeira Fantasma, ainda que continuassemos naquele ritmo (estávamos andando a 2km/h e faltamva 2,5km).

Com essa realidade pela frente, decidimos chegar a até a bifurcação. Mas o caminho das pedras, literalmente, não é fácil. Quando faltavam apenas 500 metros para bifurcação (de acordo com o GPS), chegamos a um suposto fim da linha. Um poço de 40 metros de comprimento, pedras intransitáveis do lado esquerdo e *muito* mato do lado direito.

Decidimos parar ali.

Olhando para a diante, porém, dava pra ver um indício de um paredão: talvez fosse a bifurcação.

Eu queria chegar até lá para poder ao menos ver o que nos esperaria, se decidissemos seguir a Fantasma. Falei com Fred que iria dar uma olhada. Mas não queria ir sem a máquina pra registrar possíveis descobertas.

Atravassei o poço a nado com um braço apenas (o outro segurando a máquina) e continuei seguindo. Dava pra ver uma quedinha de água, mas não imaginei que haveria uma cachoeira ali.

Faltando 200 metros pra bifurcação deu pra ver então a cachoeira Fantasminha. Pelo Google Maps não dá pra perceber que se trata de uma cachoeira de porte pequeno/médio.

Continuei andando feliz e avistei a bifurcação com a queda. A minha primeira providência foi verificar se havia como continuar para Fantasma. E não me pareceu que havia.

Deixei a câmera no chão, pulei no poço de Fantasminha (também conhecida como Cachoeira do Retiro Velho) e cheguei até a queda.

A queda de Fantasminha é bem espalhada e não dá espaço pra escalá-la. Eu consegui escala-la um pouco (sem nenhuma carga) e achei um pouco complicado e perigoso. Isso considerando que estávamos em época de meia-seca, onde teoricamente deveria ser mais fácil subir.

Pela direita , muitas pedras se encontravam tapando o horizonte.

Resumo da história: Subida para Fantasma via Fantasminha é um pedaço difícil e não tenho certeza se é possível fazê-lo com carga.

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