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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Atualização

Os últimos 2 posts são antigos.. mas tiveram que ter sido retirados na época :)

Por isso voltam agora, composição importante do repertório ^^

Itambé do Mato Dentro - Cachoeiras próximas e trilhas 4x4

obs: post não postado antes pode desatenção! (caça feita no mesmo fim de semana do post de cabeça de boi)

Esse post é destinado à cidade de Itambé do Mato Dentro, passando por algumas das cachoeiras mais conhecidas dela, uma padaria, um camping e a igreja do local.

Cachoeira Vitória -
NívelFácil
Distância (trilha) :
Preço: R$0,00
No segundo dia, na região de Itambé do Mato Dentro, fizemos um roteiro mais garantido e visitamos a visita obrigatória do local, a Cachoeira Vitória.

Começamos o dia tranquilos, depois de termos dormidos numa tranquilidade completa no Camping XXX [verificar nome], que estava deserto (só nós lá). A área do camping é excelente. Grande, um gramado bem cuidado, banheiros com água quente (4 boxes masculinos e 4 femininos sendo metade deles com água quente). Banheiro limpo e vários quiosques para apoio às barracas. Além disso possuem pontos de energia para carregar baterias ,celulares e outros.

Parte do gramado (apenas uma pequena parte, ele é bem maior!) com um quiosque aparecendo e parte da "praia" que faz parte da área do camping.
From Cachoeiras de Itambé



Parte do rio da cidade, que passa dentro do Camping. Muito agradável!
From Cachoeiras de Itambé



Quiosquezinho com boa iluminação e pontos de energia dentro do Camping
From Cachoeiras de Itambé

Pagamos o preço de R$20,00 para ficar. O único ponto ruim do Camping é não possuir uma lanchonente própria. Porém, o Camping fica tão próximo ao centro da cidade e restaurantes/lanchonetes locais que isso não atrapalhou muito.

Fomos ainda tranquilos para a Padaria próxima ao Hotel e tomamos um bom café da manhã (só deixou a desejar no pão de queijo e suco de frutas (que não tem!))
From Cachoeiras de Itambé
Ainda tivemos tempo de visitar a Igreja da cidade (que fica no caminho, entre o Camping e o centro):
From Cachoeiras de Itambé

Logo depois, partimos em direção a Cachoeira Vitória. Apesar de essa atração ser obrigatória neste roteiro, o caminho até lá não é muito bem sinalizado. Os nativos conhecem bastante essa cachoeira (está bem próxima da cidade) porém, há bastante dificuldade em conseguir a informação correta por parte deles. Pergunte bastante, sempre que puder, para fazer uma mescla das informações e torná-la mais confiável.

Não existem placas para o início da trilha. Tivemos facilidade porque já haviamos marcado no GPS, mas sem GPS não é muito trivial achar sua entrada.

Um pouco antes de parar para a Cachoeira da Vitória, deve-se parar numa pequena clareira que aparece a esquerda. Observação importante é que da estrada já dá pra visualizar a Cachoeira a esquerda (essa é a dica).
Porém, existe mais de uma clareira a esquerda o que pode confundir quem está sem GPS. Com GPS é mole. Entre a esquerda e siga a trilha normalmente.

Tenha em mente que você chegará na cachoeira por sua esquerda (e não em linha reta). Se tentar ir em linha reta, não conseguirá chgar a ela (segundo os nativos, esse é um erro comum dos que tentam chegar até lá).



O final da trilha para a Cachoeira acontece paralelo ao rio formado por ela, um rio bonito que fica a uns 10 metros abaixo da trilha, o que torna a trilha bem bonita.

Nesta foto estávamos no finalzinho da trilha, já depois de atravessar o rio para chegar por sua esquerda.

Emoção : chegando na Cachoeira Vitória
From Cachoeiras de Itambé
A Cachoeira Vitória tem uma boa semelhança com a Cachoeira de Tabuleiro, pelo menos no que diz respeito a seu paredão e sua queda. Paredões imponentes e de mesma coloração e quedas parecidas. Apesar, é claro, da Vitória ser, ainda, bem menor que a de Tabuleiro (que tem 273m).

Ficha:
Nome: Vitória
Altura: ~70 metros
Largura máxima: variável, devido ao vento ao fim de sua queda.
Dimensões do poço (C x L x P) : pequeno, em relação a queda: 6m X 8m X 1,8m. (ele tem o ponto mais fundo exatamente em seu centro.. cerca de 1,8m).
dá pra subir em seu topo? : só por outra trilha.
tem área pra ficar deitado? Sim.


From Cachoeiras de Itambé

Fotos do Poço:
No quesito poço, a Vitória não é tão legal. É como se fosse um canhão pra matar passarinho, ou melhor, uma quedona pra formar um pocinho. O poço é proporcionalmente bem pequeno em relação a queda, o que dá uma certa decepçãozinha. Mas apesar disso, claro que a Cachoeira é muito linda de ser visitada.

Dá pra ficar deitado numa boa curtindo a queda e dá pra se refrescar legal também. O poço não é grande, mas é bacana. Dá pra nadar um bocadinho.

No dia em que fomos a água estava bem barrenta, não sabemos dizer se água costuma ser sempre assim (acreditamos que não).

Nessa foto, a queda se encontra a esquerda, focando aí nas pedras molhadas pela queda, que são exploráveis.
From Cachoeiras de Itambé


O ponto onde a queda bate nas pedras varia conforme o vento. É muito bom chegar até o pé da queda pra sentir a força da água.

Notas (0 a 5):
Nadabilidade no poço: 2 (poço legalzinho, mas pequeno e raso).
Pulabilidade no poço: 1 (não da pra pular muito)
Ficabilidade debaixo da queda: 4 (legal, área explorável e sem muito perigo)
Beleza da cachoeira: 4,5 (imperdível)

From Cachoeiras de Itambé



Detalhe do poço, apontando para o lado direito
From Cachoeiras de Itambé



Parte da queda que impressiona
From Cachoeiras de Itambé

Vídeos:







Geral: Queda e Poço










Cachoeira do Funil -
Nível Médio
Dificuldade : Estrada de terra complicada
Preço de visitação: R$0,00

Depois de curtir a paisagem de Vitória fomos em direção a Cachoeira do Funil. A estrada para essa cachoeira é razoavel (nem tão fácil nem tão dificil), mas é fácil errar o caminho e dar grandes voltas (como nós fizemos). Eu havia marcado uma estrada que acabou dando muitas voltas (mas chegou lá).

A dica é seguir as placas para a Cachoeira da Serenata, até que haja uma placa onde se bifurcam, e aí falta apenas um km para a Cachoeira.

A paisagem antes de chegar lá é muito boa, passa-se por belos montes até chegar à... Cachoeiras dos Funis?

Ambiguous fall detected

Não conseguimos definir muito bem em qual parte do rio que encontramos era a Cachoeira do Funil. Chegando lá, (tinhamos marcado no GPS) não havia placas, mas havia uma entrada, no que parecia um protótipo de pequeno parque, mas sem um'alma viva.

Entramos por ali e andamos apenas uns 50metros para chegar a algumas quedas que, a principio, haviamos julgado ser a Cachoeira do Funil.


From Cachoeiras de Itambé



Formação bacana na suposta Cachoeira do Funil
From Cachoeiras de Itambé



Poço intermediário em um dos poços da Cachoeira do Funil
From Cachoeiras de Itambé


No fim das contas acabamos considerano que a Cachoeira do Funil, assim como a do Lúcio e Intancando é um complexo, e não apenas uma queda (mas nenhuma delas maior do que 5 metros de altura).

Apesar de quedas pequenas, propiciou vários poços legais de se nadar, como o abaixo:
From Cachoeiras de Itambé


Não ficamos muito tempo por aí, porque ainda queriamos conhecer a Cachoeira Serenata, que tinha placas sinalizando bem a sua chegada. Ao voltar a estrada, avistamos por sobre a ponte esta queda (que fica fora do pseudo-parquezinho que haviamos entrado), e aí sim, convencionamos chamá-la de Cachoeira do Funil, apesar que não fomos até seu pé, pra verificar poço e outras características.

Ficha:

Nome: Funil
Altura: ~20 metros
Largura máxima: 2 metros
Dimensões do poço (C x L x P) : pequeno, 3 x 3 metros. Mas possui vários poços intermediários, anteriores a sua queda (são as fotos anteriores).
dá pra subir em seu topo? : Sim, facilmente.
tem área pra ficar deitado? Sim, nos poços intermediários.

Notas:
Ficabilidade debaixo da queda: 3 (fácil sem perigo, e com sol batendo).
Nadabilidade no(s) poço(s): 3 (muitos pocinhos agradáveis e com sol).
Pulabilidade no(s) poço(s): 2 (poços muito rasos, mas dá pra simulra alguns pulos pequenos).
Beleza da queda: 2,5 (não impressiona muito, mas é bacaninha de se ficar um pouco).



From Cachoeiras de Itambé



Vídeos:
Poço agradável no Complexo do Funil:












Cachoeira Serenata -
Nível Médio
Dificuldade : Estrada de terra complicada
Preço de visitação : R$4,00
Extra: Cachoeira Lapoa (caminho)

A Cachoeira da Serenata fica bem perto da Cachoeira do Funil, porém, possui uma estrada de terra mais tensa. Algumas subidas cabreiras que até a Eco Sport teve dificuldades para enfrentar (na volta). Além disso, uma parte (de uns 500 metros) da estrada sinalizava aventura. Possivelmente pouca gente chega até a Cachoeira Serenata, pois o mato parece estar tomando conta da estrada (que fechava bem assuntando-nos um pouco, pela impossibilidade de dar meia volta e... subir de ré seria o fim).

Mas não tinha volta, pra chegar lá desce-se bastante até chegar num ponto em que a estrada fica muito ruim (impossível de se continuar de carro). Nós recomendamos parar o carro a uns 4km da cachoeira e continuar a pé, ainda mais se estiver com um carro de passeio. COmo não sabiamos dessa aventura, seguimso com um carro até falta apenas cerca de 2km da cachoeira.

Passamos a porteira e chegamos até a plaquinha de chegada:
From Cachoeiras de Itambé
Sim, é preciso pagar R$4,00 para entrar nessa cachoeira, o que achamos ruim a princípio, mas fazer o que. Já estávamos la depois de uma estrada cabreira então tá na cachoeira é pra se molhar. Quem cobra a entrada são os moradores da Fazenda, terreno onde a cachoeira se encontra.

Não havia ninguém por perto, batemos palma e chegou uma simpática senhorita nos atender. COm um sorriso radiente e comunicativa nos informou o preço (no que pagamos) e se ofereceu para nos levar até lá, pois segundo ela, a chegada até a cachoeira não era tão trivial.

Achei que isso era uma desculpa esfarrapada para dizer que valem os R$4,00 pagos. Porém, a mulher estava certa.



Capelinha no começo da trilha para a Cachoeira Serenata (já dentro da fazeda, seguindo a guia). Essa capelinha é visível no Google Earth.
From Cachoeiras de Itambé



Aqui está a razão de a nossa "guia" ter me convencido. Chegamos facilmente até este ponto, onde eu achei que já era a Cachoeira Serenata. Essa foto mostra uma queda de aproximadamente 7 metros (já maior do que tinhamos visto em Funil), porém, não é esta.

Esta cachoeira é a Cachoeira Lapoa (segundo a nativa-guia) , não citada em guias ou placas pela internet ou pela cidade.
From Cachoeiras de Itambé


Este é um moinho velho que não funciona mais, em frente a Cachoeira de Lapoa. O poço dessa cachoeira é bem convidativo e agradável, mas como ainda não era nosso destino seguimos reto. (nessa foto, a Cachoeira Lapoa fica a esquerda da foto).

Ficha:
Nome: Lapoa
Altura: ~7 metros
Largura máxima: cerca de 15 metros (larga)
tem área pra ficar deitado? Sim. vários. Agradável de se ficar.
Poço: Agradável, é na verdade uma parte do leito do rio, totalmente explorável.

From Cachoeiras de Itambé

Seguismo adiante, agora descendo bastante, ainda com a guia nos acompanhando.

From Cachoeiras de Itambé



Quase chegando na queda (estamos na parte de cima dela, nessa foto). Os últimos 50 metros da trilha é preciso dar uma pequena escaladinha num paredão da cachoeira. Mas é tranquilo, só ir com calma.
From Cachoeiras de Itambé


A Cachoeira Serenata nos surpreendeu por sua beleza como um todo. Por fotos não haviamos percebido como ela era muito bem. De fato, as fotos que encontramos enganam pois fazem a queda parecer menor do que ela é.

É uma cachoeira com um repertório interessante: uma praiazinha no pé de sua queda com um poço bem agradável de se nadar sendo possível ficar debaixo de sua queda em pé (na areia) ou nadando, dependendo do ponto que você escolher.

From Cachoeiras de Itambé
Ficha:
Nome: Serenata
Altura: ~8 metros bem distribuídos
Largura máxima: cerca de 10 metros (larga)
tem área pra ficar deitado? Sim. vários pontos. Agradável de se ficar.
Poço: Diferenciado, agradável e heterogêneo.
Vegetação: possui algumas árvores, bastante areia em seu pé.
Dimensões do poço : 5m (comprimento) x 15m (largura) x 2m (profundidade máxima).

Importante notar que isso em época de seca. O poço deve ficar bem mais cheio em época de chuva, aumentando bastante sua profundidade, dadas as condições das pedras e areia em volta da área.


From Cachoeiras de Itambé



Detalhe da heterogeinidade do poço. Poucas pedras e muita areia. Nessa foto é possível ver a chegada ao pé da queda na parte funda (cerca de 2m de profundidade). A profundidade aumenta rapidamente de forma legal até sua queda. Mais a direita da queda, o poço fica bem raso, possibilitando ficar baixo a queda sem precisar molhar.

Notas:
Ficabilidade debaixo da queda:5 - revigorante e para todos os gostos
Pulabilidade no poço: 2 (na época de seca não tem muito poço pra se pular).
Nadabilidade no poço: 3 (poço legal, apesar de meio "seco', mas é facil seguro, sem pedras e convidativo pra se explorar todos os pontos de queda.)

From Cachoeiras de Itambé



Note mais a direita, o ponto da queda onde pode-se entrar sem nadar.
From Cachoeiras de Itambé

Detalhe, olhando desde a direita da queda.
From Cachoeiras de Itambé



Agora desde a esquerda (aí é onde a trilha chega)
From Cachoeiras de Itambé

Seguindo o leito do rio, andando mais 30 metros, você chega a um encontro de dois rios. Este da foto abaixo é um rio perpendicular ao leito do rio formado pela Cachoeira da Serenata. Muito bacana e ótimo para se descansar (muitas pedras para se descansar) além de poços ótimos.
From Cachoeiras de Itambé


Prainha do leito do rio 2 (perpendicular a cachoeira). Eu segui ele um pouco em busca de novas quedas, mas provavelmente, se houver, ficam bem mais adiante.
From Cachoeiras de Itambé

Recomendamos reservar a maior parte do seu tempo deste roteiro para a Cachoeira Serenata, que se mostrou uma surpresa, excelente queda, muito convidativa e vários pontos de exploração. Sugerimos apenas que não vá com o carro até o fim da estrada (bem complicada).

Na foto abaixo, mostramos a última subida que a Eco não encarou (fomos a pé).

From Cachoeiras de Itambé



Vídeos:





















Vídeo mostrando parte da dificuldade da estrada da Cachoeira Serenata (aqui estávamos voltando). Esse momento aí foi tenso. Com a poeira, o carro acabou saindo um pouco da estrada e ficando meio de lado. NEssa hora eu achei que estávamos ferrados. Com habilidade volantezística, o Cadu conseguiu dar uma ré ninja em cima do mato , pegar um mega impulso e vencer a subida. Mas fica a dica: Cautela ao enfrentar essa estrada sem 4x4!


Segue o mapa dos dois dias em Itambé do Mato Dentro com os pontos mais importantes.
Mapa: (Cabeça de Boi + Itambé do Mato Dentro (2 dias))





Visualizar Itambé do Mato Dentro (Real) em um mapa maior

Caçadores

Hoje é o dia da caça e do caçador! Este post é uma especial homenagem a todos os caçadores que tem nos acompanhado nesses quase 4 anos de caça as cachoeiras!



Fábio, Faboso, Fabioso, Koki, Seu Firmino, são algumas formas como você pode conhecer o Fábio. É o fundador oficial do grupo Os Caçadores de Trilha, fundado em Abril de 2006. Único integrante a ter consumido o Caipirix, famosa e horrível bebida de Conceição do Mato Dentro!




Caças: 8 (1,2,3,4,7,8,9,13)




Aline - A primeira mulher a desbravar uma cachoeira junto com a turma. Não nos acompanha atualmente mas, ainda assim é detentora da medalha de mérito mulher-brava.







Caças: 1 (1)





Saman terrorista - Louco. Um dos mais zuadores da turma e incentivadores das caças. Participou da Caça #1. Porém, só nos acompanha quando as caças são FÁCEIS. Tem as manha em desatolar Unos Milles de estradas de terra foda.






Caças: 2 (1 e 5)


Xalaska (vulgo : Xalaskeiro) - Esse cara é mau e perigoso. Quase nos matou logo na Caça #1. De veeez em quando participa das caças, e ja participou de algumas bem pesadas. Costuma fazer comentários maliciosos e ele tem planos malignos. É só notar pela foto, tirada na Caça #5.



Caças: 4 (1,5,8 e 9)


- Wiliam (ou Bill J - mas não o chame assim que ele não gosta) - Não aceita fracassos nas caças. Pra ele, tentar é tentar até o último minuto de sol.. se bem que... nem precisa ter sol!! é um dos caçadores mais inusitados - Já participou das trilhas mais bizarras e também de caças noturnas. Um dos maiores propulsores atuais da turma. Aventura garantida pra quem vai de carona com ele também.


Caças : 11 (2,3,4,6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13)



Uma caça não é uma caça sem o Fredão. Ele topa tudo também, apesar de no meio nos confundir (as vezes). Quase morreu na Caça #3 e na Caça #6, mas viveu. Fred também é da tropa de elite, dentre o grupo. Não tem como fazer trilha com Fredão sem rir. Comentários inusitados, boa cia e um colecionador de fotos também.




Caças: 9 (2, 3,4,6, 7, 8, 9, 10 e 11)





Apesar de já não nos acompanhar mais, Jordânia também mereceu aplausos, na Caça #4, participou de uma trilha complicada em direção a Peixe Tolo, não sem antes uam boa dose de persuasão Wilienêsca.











Caças : 1 (4)





Ayala é sinônimo de bom humor. Faz tempo que não nos acompanha. (que preguiça hein?) e de acordo com os nossos registros, é a integrante com a maior barraca já vista. Dava pra fazer uma rave lá dentro e ainda sobrava espaço. Tem nos abandonado um pouco porque agora ela decidiu seguir seu próprio caminho com seus mochilões mundo a fora =P




Caças : 1 (5)


Mariana participou da Caça #5 Serra do Cipó. Primeira mulher a inserir o fator álcool em nossas caças. Rolou um choconhaque nessa edição. O que eu não sei se foi uma boa ideia, porque acabei desmaiando de sono numa pedra e quase morri de frio!!! Mas rendeu várias gargalhadas.


Caças : 1 (5)


João Paulo nos acompanhou na Caça #5. Quieto e na dele, e, com vergonha, único futebolista (além do Raimundo) do grupo que chegoua jogar uma peladinha no Véu da Noiva entre as Caças!



Caças : 1 (5)



Thaís, a Sra. Saman merece um prêmio porque ela consegue aguentar as loucuras do Saman, fazer o que né. Tem gente com muita paciência (brincadeira!! =P) , também nos acompanhou na Caça #5, mas devido as más influências do Sr. Saman, tem tido preguiça de nos acompanhar ultimamente!



Caças : 1 (5)




Mel - Detentora da Medalha de Ouro no quesito bravura. Já enfrentou algumas caças bem desvirtuosas (obrigada por nosso caro Fabioso). O bom é que ela tem memória fraca, se esquece de que quase morreu e acaba nos acompanhando nas próximas caças!!


Caças: 5 ( 5, 7, 8, 9 e 13)





Ana forma o casal 20 mais legal da turma, com Fredão! Nos rendeu um sustinho na primeira caça que participou (#7) quando sentiu uma falta de ar láaa no meio da montanha. Mas foi só o susto da estréia! Já enfrentou boas pedaladas mato afora! Ainda com a gente! ^^






Caças: 3 (7, 8 e 11)


Wall - Troféu de Mulher-Ânimo. Partipou de apenas uma caça também. Mas deu um show! Andou bastante e só nos abandonou porque agora está fora de BH. Mas continua nos acompanhando online e breve estará compartilhando sua força conosco novamente!

Caças : 1 (7)




Última mulher a se aliar a nosso grupo até o momento. Ajuda bastante a freia o Wiliam quando ele está correndo demais no carro!!! Também já nos acolheu em sua casa, no meio da estrada, quando nos dirigíamos a Diamantina. Anda um pouco sumida, mas parece que da próxima Caçada ela não vai escapar!


Caças : 1 (8)




Raimundão é com certeza o mascote da nossa turma. Enfrenta poucas e boas e não reclama, apesar de ter um joelho lesado por causa do futebol. Último integrante da nossa turma até o momento, e de forma irônica foi, de certa forma, o que fez tudo começar.... Raimundo um dia chamou Fábio pra conhecer uma cachoeira, uma certa "Tabuleiro".. Fábio ficou empolgado e chamou o Diego... (que virou a Caça #1).. e algum tempo depois... cá estamos! Reunidos, e com cada vez mais fortes! Força Raimundo!




Caças : 2 (9 e 13)





Quem vos fala - Diego, Diegobs ou Solamito. Tarado por mato. Fala mato que eu vou. A ideia é continuar caçando até a idade de 117 anos mais ou menos.






Caças : 11,5 (1,2,3,4,5,6, 7, 8 (meia), 9, 10, 12 e 13)


Quer ser um caçador de cachoeira? Fala com a gente!

Abraço ao todo grupo, e força sempre!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cachoeira El Claro - Pucón, Chile

Atração Internacional!

Cachoeira El Claro
Local: Pucón, Chile
Nível: Fácil Médio
Preço: R$0,00
Distância : 4 a 12km. (1 dia)

Trilha:
Uma trilha de pequena extensão mas um pouco traiçoeira na sua parte final.

Distância : 6km (asfalto + terra) + 2km (trilha) -> ida
Tempo gasto : 3h -> ida
Desnível : Subida gradual de 0 a 500m durante toda a trilha e descida brusca de 100 metros até a cachoeira.
Passagem por água? Não (apenas se fizer pelo leito do rio, que é muito mais dificil.)
Possui escaladas? Não.
Morros? qtos? : Sim, um significativo que é o de descida do topo até a base da cachoeira. Mas não é muito extenso.
Estado de conservação da trilha : mediana. Trilha bem demarcada mas sem sinalização.

Primeira Parte
São 2 opções:
Pode-se fazer os 6km iniciais de carro ou bicicleta (3km de asfalto, 3km de terra) encurtando bastante a expedição (recomendado).

Segunda Parte:
Deve-se entrar no Sitio "Los Guindos". Porém, como é uma fazenda particular pode ser que ela esteja fechada. Nesse caso pode-se ser fora da lei e pular 3 cercas (fáceis de passar), numa trilha muito bem demarcada que leva até o topo da cachoeira (mas não é possível ver a queda caindo - apenas o abismo a frente).

Terceira parte:
A terceira parte começa uma descida numa trilha muito bem demarcada que vai seguindo uma das cercas - que fica a sua direita. Em um dado momento a cerca desaparece da direita, e é nesse momento que deve-se virar a direita - numa trilha bem difícil de enxergar sem GPS. Isso porque nesse ponto há muita terra (sem grama) e a trilha não está bem marcada. Pra complicar, a trilha continua adiante (direção errada) o que engana facilmente algum caçador desavisado.

Seguindo em frente chega-se ao rio da cachoeira, mas o rio é bem traiçoeiro porque divide-se em 3 afluentes confusos e que se cruzam, além de que a trilha por sobre o leito requer molhar em alguns pontos - algo crítico para a temperatura da região (agua muito gelada).

Acertando o ponto de virar a direita, segue-se por uma trilha bem demarcada, descendo em zig-zag caindo diretamente na base da cachoeira (vista imponente).


El Salto
From Salto El Claro





Relato: (retirado do passeio Mochilão B. Completo em: http://mochilaob.wordpress.com)


Dormi beeem bem. Acordei tranquilão as 8 e pouca do outro dia, mas, momento confissão: Foi muuuuito bom ficar fazendo hora na cama até quase as 10, :)

Eu não tinha hora pra acordar no segundo dia e a previsão era de chuva, então ia ser um dia de descanso mesmo. Tomei o café (gostoso) do Hostel e vi o tempo: Mas tava um sol rapaz...

Malditos meteorologistas. Tivesse ido eu na segunda, teria visto o vulcão, e SEM PIRIRI.

Eu estava completamente recuperado, tirando um dos meus ouvidos, que continuava totalmente tampado - o esquerdo. Isso me preocupou um pouco e eu não parava de fazer aqueles movimentos pra tentar destampar o ouvido, mas nada. Apesar de tudo, como o direito tinha melhorado e também não estava sentindo dor, fiquei um pouco menos preocupado.

Decidi sair a rua e procurar fazer alguma coisa - era dia off, mas ah, eu já tava tão bem, e o dia tão sol. Vamo curtir!

Sai na rua, fui perguntando, pegando os mapas, não sei o que. Ah sim, e antes tinha visto algumas cachoeiras perto da cidade. Fui descobrindo pouco a pouco que Pucon tem muito - é quase um El Chalten da vida - tem muitas atrações e eu não sabia! Sabe como eu sou: Eu adoro um passeio não convencional : quanto mais fora de agências melhor.

Me incomodam, em geral, as agências, que te vendem pacotes genéricos, muitas vezes que não se ajustam a você, e pouco se fodem pro seu gosto, mas só pela grana. Eu acho que o ideal é que te dessem a lista de atrações da cidade, as distâncias e os recursos que você tem disponivel: Você monta o seu pacote. Mas em geral, as agencias tentam te empurrar goela algum pacote generico que até é legal (não me entendam mal) e em geral até mostram realmente coisas bem legais mesmo - mas são superficiais ou não especializadas. Eu não gosto.

Eu gosto é de ter a minha bike e correr atrás de algo, ou de ir a pe, ou pegar um busão coletivo, um metro, qualquer coisa.

Então eu tinha algumas boas opções, e decidi por uma relativamente leve - porque era meu dia de descanso! - A Cachoeira El Claro, que ficava pertiiinho da cidade: e o melhor, a maior das redondezas: 90 metros! Como ia perder??

Eu já tinha procurado previamente a info dessa cachoeira na internet e achado poucoa informação. Nada de trilhas em GPS, mas pelo menos hoje eu tinha preparado ele pra marcar - caso eu conseguisse chegar. Confirmei a informação na secretaria de turismo, onde uma mulher muito educada me falou as direções (teoricamente muito simples) pra chegar lá (a pé desde a cidade!) ma me informou que a cachoeira ficava em local privado e que seria por minha conta e risco chegar lá.

Fiquei com uma sensação que eu seria um criminoso ou que o dono do sítio me esperaria com um trabuco em mãos mas, pensei, se ja´foram la e se informam que existe, então é pra ir! Ninguem pode ser dono de uma cachoeira de 90 metros não meu deus!

A trilha começava pela cidade, segue pela "ruta internacional" por 3km e depois era preciso virar em uma estradnha de terra.

Eu estava bem melhor nesse dia, e fui caminhando numa boa, numa velocidade de 5,5km/h. Eu cogitei fazer o passeio em bicicleta, mas tinha lido no relato na internet que haviam subidas meio escabrosas e, nesse caso, quano ha subidas, vale a pena demais fazer a pé. Porém, os 5km iniciais da trilha (estrada + estrada de terra ) são completamente planos. Ou seja, vale a pena DEMAIS ir a essa cachoeira de bicicleta, ainda mais que a parte de estrada tem uma ciclovia - bacana!

Mas fui tranqs e com tempo: como sabia que eram apenas cerca de 8km até a cachoeira, eu tinha tempo de sobra pra chegar até lá.

Virei na rua Los Calabozos (Aqui começa a estrada de terra) e depois disso a mulher tinha me informado que eu ia ver uma placa para "Los Guindos" nome do sítio onde a cachoeira ficava. Andei uns 1km até a primeira bifurcação e nada de placa. Eu já ia reto quando passou um velhinho com seu cão, a roça então eu perguntei:

"Hola, para El Claro?"
"Doble nomás!"

Oxi.. se eu não perguntava pro velhinho eu ia parar no quinto dos infernos. Não tinha placa nenhuma avisando do sitio. Foi sorte então eu ter perguntado. Virando e continuando, pela estrada bem desertona (quase nenhum carro passando tambem) eu fiquei imaginando que , será o velhinho mentiu pra mim, uma especie de combinado com o dono do sitio, que pede encarecidamente que os vizinhos confundam os turistas de modo a que não encontrem a cachoeira e não incomodem mais "Los Guindos". Eita teoria da conspiração. Mas.. vai saber!

Última bifurcação na estrada (a primeira é a esquerda, a segunda a direita)
From Salto El Claro



Por via das dúvidas, a cada nova pessoa que passva, eu perguntava pra onde ficava a tal cachoeira. Até que 4 pessoas iam me confirmando a direção. E olha que teve 3 bifurcações, e nenhuma placa! aí eu comecei a pensar:

"Eita mulher educada da secretaria, mas que me informou tudo errado hein!" Fui seguindo e seguindo, e aí quando completei 5km começou uma subida. Eu estava bem próximo das montanhas e tinha passado em cima de 2 riozinhos, então realmente parecia que tudo estava indo bem.

Teve uma subidinha basica mas que não foi tão terrivel. E depois, como disse bem a mulher, com quase 6km eu cheguei no tal sítio Los Guindos, certinho!

A única coisa que não estava certa era que..... Portão trancado! Blá!!!! E agora?

Porteira do sítio "dona" da cachoeira
From Salto El Claro

Hora da gambiarra. Vamo pular essa cerca, certo?

Continuei subindo e outra, tinha acabado de descer 3 pessoas a cavalo, sendo duas delas com uma cara de ingleses. De onde mais eles poderiam tar vindo? É claro que do El Claro! Nada mais nada menos que 3 criminosos como eu tinham descido. E por que não eu??

Subi mais um pouco e aí cheguei num ponto da cerca que tinha um placa assim:

"No pasar. Privado".

Regra n. 44 dos caçadores: Se em algum lugar perto das redondezas de onde você quer ir há uma placa dizendo pra "não passar" é porque é ali.


Placa um pouco acima da portaria principal - "proibindo a entrada"
From Salto El Claro


É claro que estava na cara que ali devia ter alguma trilha ou alguma coisa indicando o caminho. De outro modo, não teria placa coisa nenhuma.

"Pulo ou não pulo?" - pensei em 2 segundos.

E no terceiro eu já estava dentro do sitio - heheheheh. É claro, Tinha uma trilha ali. Obvious!

Dei umas erradinhas no começo, mas depois ela continuou muito bem demarcada. Apesar de eu não ter a minima ideia pra onde ela levaria. Tinha uma boa noticia: cocozinhos recem saidos do forno de cavalos! De quem mais outros 3 criminosos poderia ser? =P

Andando mais um pouco, mais uma cerca. Bah, já que eu estou aqui, vamos pular né?? Pulei mais uma cerca... e 200 metros, MAAAIS UMA. Sem medo nenhum de me perder, porque tava com meu gps, chuchu blz, podia ir pra qualquer lugar agora! Qualquer coisa , no pior dos casos, o dono do sitio com o trabuco nas mãos poderia me deportar para o Brasil! Tava no finzinho da viagem, não ia ser tão terrível assim =P

Depois de pulada a terceira cerca, no entanto, eu comecei a ficar mais impaciente e mais descrente de que aquilo me levaria pra cachoeira - não deveria ser tão complicado assim. Depois que pulei a terceira cerca, a minha trilha se encontrou com uma segunda bem maior, com algumas plaquinhas com numerais - talvez a oficial fosse essa outra numerada - pensei eu.

Eu fui seguindo e descendo até que eu vi 3 cavalos! Opa!! Bom sinal! Mais criminosos estão por aí.

Apesar do meu ouvido tampado, eu ouvi um barulinho de água caindo e pensei - nossa! Mas foi fácil!!!

Cheguei, fui descendo e tal, passei pelos cavalos e......

Uau! Olha a altura desse treco! Eu tinha chegado no TOPO da cachoeira. Dava pra ver um pouquinho ela caindo e o abismo la embaixo.. bem, agora só falta... descer!! heahu

Sai fora, voltei pra onde tavam os cavalos e procurei alguma trilha que bordeasse o grande morro da cachoeira. Lá estava ela!

A trilha seguia uma lógica que tinha lógica, rs. E então fui descendo , imaginando que logo logo apareceriam os famosos caracoles pra chegar até o vale.

Mas dessa vez não houve caracoles. A trilha estava descendo, como esperado, mas sempre indo na direção contrária a cachoeira. Isso significa uma terrível coisa: eu ia ter que, uma vez chegado no vale, percorrer toda aquela distância pelo leito do rio, MUITO PROVAVELMENTE.

Eu não queria o pesadlo de ter que molhar meus pes novamente, isso era certo! Então comecei a fazer alguns ensaios de tentar achar caracóis pra não ter que ficar tão longe da base da cachoeira! Eu achava algumas pseudo trilhas no começo, msa de repente elas paravam num abismo: toda hora o morro virava um paredão de pedra que impossibilitava a descida. Arg! Dava pra ouvir o rio la embaixo, mas não tinha como chegar nele. E tava longe ainda.

O dificil em trilhas em climas temperados é que as árvores que caem (e que é algo muitissimo comum) criam pseudo trilhas que te enganam toda hora.

Então todos os meus ensaios deram errado.

Eu desci pela "trilha contra a maré" cerca de 1km contrário e depois finalmente consegui chegar ao rio.

Bom, uma coisa era certa: eu podia demorar, mas agora eu ia chegar.

Comecei a andar pelo leito do rio mas não teve jeito. O pesadelo estava aí. Eu ia ter que molhar os pés. E isso começou a ficar bastante constante. Se fosse uma ou duas vezes tudo bem. Mas ... era toda hora =(

Eu fiz até um cálculo do quanto era suportável ficar dentro da água, e ficou assim:

até 5 segundos - agradável.
de 6 a 7 segundos - certa dor, mas suportável.
a partir de 8 segundos - dor insuportável.

Então eu olhava onde eu estava, olhava pra onde ia, e via se era possível fazer aquele trajeot molhado em no maximo 8 segundos.

Também houve o segundo calculo que era:

Pra cada 2 segundos com o pé na água, eram necessários 3 segundos pra recuperar a dor acumulada causada. (é claro que isso vai deteriorando) hehe

No começo, foi divertido fazer essa administração de valores e cálculos e eu ia assoviando em direção a cachoeira -e sabia a direção porque tinha marcado o ponto da parte alta.

Mas depois de uma hora caminhando sobre o leito, eu comecei a ficar impaciente, eu não chegava nunca! E, como era de se esperar, o leito começou a ficar com mais vegetação, mais fechado, com mais sombra, e mais complicado de passar. A coisa começou a ficar chata. E eu olhei a hora, comecei a ver que eu não tinha tanto tempo de sobra assim.

Teve uma hora que eu não tava contando os segundos de dor mais, eu tava ficando mais que 8 segundos com os pés na água sem respeitar o tempo de recuperação. Acho que chga um momento em que o corpo liga o "modo foda-se", tipo, meu cerebro olhou e disse: "esse cara nao ta nem aí pros pés, então vou parar de mandar sinapses nervosas de dor pra la!" heuaheuahue. Mais ou menos que ao mesmo tempo, os meus ouvidos entraram foi no "modo de segurança" heuahe. Sério. O meu ouvido direito que estava perfeito tapou-se e eu fiquei 70% surdo novamente. Mas sem dor ao menos.

Depois de um tempinho eu também entrei no modo foda-se. Dei uma olhada no gps e faltavam só 300 metros pra chegar ao ponto da cachoeira!!! (com certeza era la). Mas eu tava indo numa velocidade extremamente baixa. Comecei a acelerar e nesse momento eu estava me molhando bastante. Levei 2 pequenos tombos (não molhou nada importante) mas que demonstravam a minha impaciência.

Segui indo bem e bem e aí olhei o gps, 293 metros!

O QUE???????

O que ocorreu é que , eu estava me distanciando do ponto da cachoeira agora! Maldito!

Explicação é que um pouco atrás havia tido uma bifurcação de rios, mas o outro rio era mais pra esquerda ainda. Aquilo tudo estava um pouco estranho. Comecei a perder bastante a paciencia, olhei a hora e vi que a chance de um segundo fracasso já estava começando a ficar alta.

Comi um lanche tomei uma água e respirei. Botei uma hora limite (já era hora de fazer aquilo) e continuei a andar pelo rio, unica alternativa que me restava.

Andei mais uns 10 minutos, mas não tinha jeito, eu estava virando cada vez mais pra esquerda do ponto onde eu deveria estar indo.. aquilo não ia dar em nada. Eu já estava começando a me conformar que o meu passeio já era.

-Muito bem Diego. Quem mandou fazer passeios não convencionais e tentar achar por conta propria? Parabens Diego, se fudeu Diego.

40 segundos eu passava na água e num tava nem aí. Nem sentia mais nada. Modo foda-se total. Já eram 14:20.

Parei numa pedrinha na sombra, numa parte do rio bem pouco convidativa, fiz um lanchinho de consolação e comecei a voltar, cabisbaixo, mas ja conformado.

Daí.... plim!!!!!! Na volta, aparece uma trilhazinha na direita (que eu não tinha visto na ida). Porém, notem que a direita da volta, é a esquerda da ida, ou seja, apesar de ser uma trilha (uma esperança pra o que quer que seja) estava indo pro OUTRO lado do ponto que eu tinha QUASE CERTEZA ser a cachoeira.

Mas what the hell, já perdi todas as minhas cartas mesmo, vamos lá!

Andei por aquelas bandas e... OUTRO RIO paralelo ao que eu estava, caralho! Comecei a tentar usar o meu senso de direção (que não é nada bom)e tentar entender aquela geografia e uma explicação fisica pra ter aqueles dois rios ali, e como é que a cachoeira poderia estar em outro lugar, mas nada se encaixava muito bem. SEgui um pouco por ali, mas logo vi a trilha rarear e desaparecer, ou melhor, ela continuava, mas em direção totalmente contrária a cachoeira e na direção da corrente do rio, ou seja, totalmente contrário ao meu objetivo.

Fim das esperanças de novo, voltei a estaca zero, para o rio "original".

De repente.... vamos pensar... se existe uma trilha indo.... (!) .... com certeza ela veio de algum lugar. Oxi! Pensamento óbvio!

Então se ela ia pra direita até chegar ao meu rio, ela veio de onde, da esquerda! HÁ!


Olhando atentamente pela direita, ela seguia para o outro lado!

Início das esperanças as 14:45! Sim! ainda da tempo!

GPS: 247 metros e... SURPRESA!


Vista da cachoeira, pela lateral (chegando lá)
From Salto El Claro


Meu ouvidos não ajudaram nada, mas .... lá estava! Dava pra ver um pedacinho daquele monstro! Ta ALI!!!!!!


Eu estava ja pertissimo dela mas não conseguia ouvir ela direito! Oxi! Sem noção ter reacendido minhas esperanças tão do nada assim!

QUando vi aquilo fui ZUNANDO em direção a ele. Tive que me auto-acalmar pra não correr demais e não elvar algum tombo idiota. Afinal, sozinho o cuidado tem que ser triplicado.

Demorei só 5 minutos pra chegar até ela. Puêrra! Eu mereci! MERECIDASSO!


Um pouquinho antes de chegar lá enxerguei duas pessoas na cachoeira. Seus criminosos! Cheguei até lá e conversei com os caras, 2 ingleses.
Um deles perguntou se eu iria nadar. Eu disse que tentaria, mas que pra mim, brasileiro, era quase impossivel! heuah

Trocamos ideia e eles haviam me dito que sofreram o mesmo que eu! 1 ano atravessando o leito do rio até encontrar a bendita cachoeira e me mostraram um horrivel mapinha que eles tinham conseguido em algum lugar. Eles falaram que demoraram tanto tempo pra chegar na cachoeira que na hora de tirar uma foto a bateria acabou.

Ofereci e tirei uma foto pra eles, e que depois mandaria por email junto com a conta (heauhaue). Logo depois eles foram embora informando a REAL TRILHA, que ficava DO LADINHO da queda, BEM INCLINADA.

Uhuwwwwl! Com aquela noticia, eu podia curtir um pouquinho da cachoeira e voltar por um caminho mais curto.

Tirei algumas fotos, da bela cachoeira.

Útimos 20 metros da cachoeira
From Salto El Claro



Breve descrição:
É uma cachoeira bem escondida no meio da floresta, com uma queda livre de 90 metros.
Tem uma vazão bem concentrada, conferindo-lhe uma queda bem potente.
O paredão encoberta a queda num formato de ferradura, um paredão aveludado por plantas bem verdes, bem vertical e a queda caindo em um poço singelo.
O poço é pequeno e raso, porém, dada a localização da cachoeira, seria quase impossivel nadar se o poço fosse melhor.
A trilha não é sinalizada e pode se tornar um pouco difícil em sua última parte.

Nome : Salto El Claro
Local : Pucon, Chile.
Altura : 90m
Temperatura : próximo a zero.
Nota : 4
Ficabilidade debaixo da queda : 2 - gelada demais e queda muito forte - provavelmente impossível de ficar embaixo dela.
Diferencial: Paredão imponente e queda potente.

Poço
Largura : 15m
Comprimento : 20m.
Profundidade : 1m (estimativa)
Nadabilidade no poço : 1 - frio demais e poço pequeno.
Tipo de solo : pequenas pedras em toda sua extensão.
Formato: Afunilado.


Paredão revestido de verde da cachoeira
From Salto El Claro




Queda concentrada
From Salto El Claro



Detalhe para o poço - pequeno e gelado!
From Salto El Claro




Visão inteira da queda
From Salto El Claro





Fim da queda - vazão muito potente!
From Salto El Claro









Depois de tirar fotos e filmar subi pela trilha oficial. Confesso que arrisquei um pouco as minhas fichas fazendo algumas escaladas complicadas - mas ainda assim com muita cautela - em lgares que não eram o lugar exato. EM um certo momento, 5 israelenses (só pra quebrar a monotonia) começaram a descer e trilha (CERTA) e me mostraram o caminho (no meio do caminho) de novo (estavam juntos de um guia) e aí consegui voltar tranquilamente pra trilha original.

Caramba.. a trilha é super fácil. Só é dificil ver em que momento ela vira pra direita (é uma bifurcação pouco visivel). Mas agora esta MARCADINHO no gps. Nunca mais haverá erro!


Visão da cidade de Pucon, desde o sitio Los Guindos
From Salto El Claro


Voltei tranquilo pela trilha, pulei as 3 cercas, crime perfeito, sem nenhum vestígio. Desci tranquilo ainda cedo para Pucon e ainda ganhei uma carona nos 4kms finais da trilha, por um cara com uma pickup que passava por ali.

Escapei de alguns caras de umas agencias que queriam porque queriam vender uns passeios pra mim e pensei comigo mesmo: "para o inferno, com o passeio de vocês. Fiz o meu =D"

From Salto El Claro



Vídeos









Mapa:

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Os Caçadores de Cachoeiras

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